sábado, 1 de junho de 2013

Aula-Fora

O Parque Zoobotânico possibilita outra maneira de aprender ciência




 Que tal uma aula ao ar livre? Não, este não é o sonho de crianças e jovens. É a realidade do Parque Zoobotânico. Por meio de atividades didáticas, desenvolvidas pelo Serviço de Educação e pelo Serviço do Parque Zoobotânico, estudantes podem conhecer as pesquisas realizadas pelo Museu Goeldi de uma forma diferente do método tradicional adotado pelas escolas.

São diversas possibilidades de ver, cheirar e tocar, de perceber a natureza à nossa volta. Animais, plantas, exposições, pesquisas, tudo serve de fonte de conhecimento para descobridores. O Parque Zoobotânico funciona como uma sala de aula viva, que proporciona aos visitantes conhecimentos sobre o ecossistema e o homem da região amazônica.
Um dos exemplos desta interação é o projeto Clube do Pesquisador Mirim, que há treze anos reúne crianças e adolescentes em torno de projetos de iniciação científica. O Clube é organizado em turmas com diferentes eixos temáticos, ofertadas anualmente, como biodiversidade, espécies ameaçadas de extinção, sustentabilidade e diversidade social. No decorrer dos encontros semanais, os estudantes produzem algo que expresse os resultados da pesquisa, como jogos, kits educativos, cartilhas, multimídias, vídeos, etc., apresentado em uma grande feira de ciências.
Mas não são apenas os pesquisadores mirins que podem usufruir do aprendizado pelo Parque. Todos os visitantes têm acesso às atividades educativas realizadas pelo Museu Goeldi, seja por meio de visitas escolares, de campanhas educativas, de oficinas e minicursos ou do trabalho dos monitores ambientais. De maneira criativa, o Parque Zoobotânico funciona como um centro de educação sadio e familiar, proporcionando a aproximação de jovens e adultos às pesquisas e problemas da Amazônia.
Segue abaixo, algumas dicas de como se trabalhar com o estudo do meio.

ESTRATÉGIAS

1) Antes da Visita:

Escolha a exposição e visite-a;
Agende a visita, se possível;Conte para seus alunos e prepare uma aula sobre o tema;Leve imagens para a sala de aula e esclareça alguns conceitos;Faça uma leitura e interpretação do texto sugerido.Explique para seus alunos o que é um museu, quais são as regras, por que não devemos tocar em obras de arte.A maioria dos museus não permite fotografar o acervo, porém nada impede que se registre a visita como um todo, a saída, o museu por fora e pontos interessantes do trajeto.

2) A visita:

A ida ao museu faz parte da visita e o trajeto percorrido chama muito a atenção. Lembre-se também: a saída da escola é uma quebra na rotina.Se houver agendamento com educadores do museu, os alunos serão divididos em grupos que deverão permanecer unidos até o final. Já se não houve agendamento, siga o roteiro previamente elaborado.De uma forma ou de outra, não se deve ter a expectativa de ver todo o acervo do museu ou toda a exposição, a não ser que seja pequeno. A visita em grupo deve ser prazerosa e estimular os alunos a voltarem posteriormente com sua família ou amigos.Não é interessante que os alunos levem questionários para ser respondidos no decorrer da visita. O melhor mesmo é fazer a visita orientada pelo educador, sem fazer anotações.

3) Depois da visita:

Retome em sala de aula o que foi discutido na visita.
Proponha atividades como redações, relatórios e desenhos sobre o passeio.Verifique quem fotografou a visita e selecione imagens que possam ser expostas.
Sugestões e dicasPrepare um relatório coletivo. Em uma pasta, agrupe o material escrito, gráfico e fotográfico dos alunos de forma que todos possam ter acesso.

FONTE: 
http://marte.museu-goeldi.br/revitalizacaopzb/index.php?option=com_content&view=article&id=13&Itemid=12

Aula - Fora




Segundo Lunetta,1991, uma aula prática ajuda no desenvolvimento de conceitos, além de servir de estratégia e auxiliar o professor a retomar um assunto já abordado.
As aulas-fora podem ser trabalhadas em sala de aula de diversas formas, como por exemplo, confecção de um cartaz em conjunto, trabalho explicativo, peça teatral, enfim vai depender do objetivo do professor.

Fonte:  

www.aulafora.com

Cinema Indiano: Película: Taare Zameen Par" ou " Somos Todos Diferentes como Estrelas na Terra"




Taare Zameen Par - conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida.
Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade. Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma. Tal atitude só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia do internato é a de disciplinar cavalos selvagens. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan.
Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver.

Fonte:

http://joaopauloinquiridor.blogspot.com.br/2011/08/cinema-indiano-pelicula-taare-zameen.html 

Entrevista



A professora Vanessa dos Santos Nogueira (na foto a cima), de Santa Maria, No Rio Grande do Sul, pedagoga, nos fala aqui um pouco sobre sua experiência como professora.

Vanessa é responsável pelo Blog: Informática na Educação

1) Fale um pouco sobre você (de onde veio, onde trabalha, formação, etc)

Atualmente moro em Santa Maria no Rio Grande do Sul, trabalho em uma obra social localizada em uma das regiões mais carentes da cidade que atente aproximadamente 900 crianças (Educação Infantil até a 7º série).
Eu Trabalho no Laboratório de Tecnologias da escola com todos os alunos e acompanho as aulas de informática que são desenvolvidas através da pedagogia de projetos e com a formação dos professores para o uso das tecnologias. Temos duas reuniões mensais onde têm os professores e a oportunidade de se atualizar e trocar suas experiências relacionadas às tecnologias com os colegas.
Também sou tutora da disciplina de Tic’s aplicada à educação do curso de Pedagogia da UAB-UFSM.
Fiz o Curso Normal, depois Pedagogia, com Habilitação em Educação infantil e Séries Iniciais. Atualmente, eu sou aluna do curso de Especialização em Gestão Educacional, da Universidade Federal de Santa Maria.

2) Como você se tornou professor(a)?

Entrei no Curso Normal por opção da minha mãe, que se preocupava muito com o futuro. Confesso que não era uma boa aluna, conversava nas aulas, faltava muito, sempre tive notas suficientes para passar, mas não tinha regras, nem limites. Quando chegou o momento de fazer o estágio escolhi uma primeira série. Era o segundo semestre e a turma tinha 32 crianças de uma escola pública em região pobre da cidade.
Na primeira visita à escola para conhecer a professora regente, dois dias antes de iniciar, tive um “choque“, quando terminei de me apresentar ela me olhou e disse: “- Eu adoro o que eu faço e amo meus alunos, se você não for tratar eles tão bem como eu não precisa voltar”. Sai dali apavorada e em prantos, pois não tinha me preparado, não tinha conhecimento nenhum, fui até a escola onde fazia o Curso Normal conversar com a responsável do estágio, pedir ajuda.
Apesar de ter sido resistente para fazer o Curso Normal, queria fazer meu estágio em uma primeira série. Ela me acalmou e orientou-me a conversar novamente com a professora. Foi uma época maravilhosa, pois a professora regente me “adotou” como costumo dizer, me ensinou tudo o que eu precisa fazer e algo mais.
Terminei o estágio com um único sentimento “poder algum dia fazer por alguém o que ela fez por mim”. O exemplo daquela professora até hoje me inspira e faz crer que devemos acreditar nas pessoas, que investir no ser humano vale a pena. Cada vez que conto essa história ainda me emociono.
No ano seguinte quando iniciei o curso de Pedagogia, no primeiro semestre, comecei a trabalhar com Informática em uma escola particular. Isso há oito anos atrás… faço isso até hoje… mas nesses anos muita coisa mudou, aprendi muito com professores e alunos e até hoje as possibilidades que a tecnologia oferece à educação me encanta.

3) Como tem sido a sua experiência como docente?

Posso dizer que minha experiência como professora não tem preço! Sempre tive no meu caminho pessoas que realmente fizeram a diferença. Dificuldades nós todos temos, o que muda é como nos portamos diante delas. Pode parecer romântico, mas fazer o que se gosta influencia e muito no nosso trabalho. Viver a educação é acreditar nas pessoas e para isso não precisamos de recursos tecnológicos, um olhar, um gesto, uma atitude…. Quem não lembra daquele professor que fez a diferença na nossa história de vida.

4) Para você, quais são as mudanças significativas quem vem acontecendo na educação brasileira nos últimos anos?

Sabemos que as diferenças sociais na nossa sociedade são “gritantes”, mas nesses últimos anos o acesso a informação aumentou, a Educação a Distância vem crescendo cada vez mais.
Acredito que a EAD é um dos aspectos mais significativos hoje, não só para a educação, mas para todas as áreas, pois os cursos são oferecidos não só por instituições particulares mas por Universidades públicas.

5) Como vê a educação no futuro próximo?

Acredito que a Educação está sempre mudando. Existe sim uma grande desigualdade 
econômica e social onde nem todos têm as mesmas condições. Nós precisamos mudar para mudarmos essa “situação”.
Vivemos hoje um momento onde precisamos rever nossos conceitos sobre as formas de ensino. As mudanças hoje vêm acontecendo de forma muito rápida e tende a aumentar cada vez mais. Hoje, mais importante que ter informações é a forma como buscamos, selecionamos e transformamos conhecimentos. O futuro da educação está na nossa frente e precisamos adquirir novas competências para contribuir.
Estamos todos aprendendo a trabalhar com novas ferramentas, aprendendo e ensinando, acertando e errando, pois para o trabalho com as tecnologias não temos receitas prontas. O futuro da educação exige um novo educador, capaz de trabalhar com incertezas e mudanças.

Fonte:

http://www.soprando.net/ep/entrevista-com-professores-%E2%80%93-vanessa-dos-santos-nogueira